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Português para Comunicação II

Português para Comunicação II

terça-feira, 27 de maio de 2014

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Você sabe para quê serve a linguagem? 


Sabemos que a linguagem é uma forma de compreensão e comunicação. Desde os primórdios, nós seres humanos, vivemos em conjunto e utilizamos diversos códigos para representar o que queremos, fazemos, sentimos e pensamos.
Dessa forma, como e o quê conseguimos nos expressar através da linguagem? Pra quê utilizamos a linguagem e por que ela funciona? 
Essa multiplicidade de perguntas podem ser respondidas através de seis funções ou finalidades básicas.

1. Função referencial ou denotativa: transmite uma informação clara e objetiva da realidade. Prioriza fatos, circunstâncias e dados concretos, não faz comentários nem avaliação. É a linguagem característica de noticiários, discursos científicos, didáticos, exposição de conceitos. O referente é sempre colocado em evidência, ou seja, o assunto ao qual está abordado. Geralmente está na terceira pessoa do singular ou plural, pois precisa manter impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de uma outra interpretação além da que está sendo exposta.


Exemplo: 
Na sala há uma estante com livros roxos,


azuis, verdes e laranjas; uma mesa marrom 

e uma cadeira amarela. 




(mais informações, para continuar lendo!)




2. Função expressiva ou emotiva: demonstra o ânimo, sentimentos, emoções e anseios do emissor. A mensagem é subjetiva e centrada no emitente, e portanto, é apresentada em primeira pessoa. Um dos indicadores desta função é a utilização de interjeições e a presença de alguns sinais de pontuação, como reticências (...), ponto de exclamação (!) e ponto de interrogação (?), pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

Exemplos: 
  • Ah, que coisa boa!
  • Tenho um pouco de medo...
  • Eu te amo!

3. Função apelativa ou conativa: o objetivo desta função é influenciar, persuadir o receptor com intensão de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou seja, utiliza-se da segunda ou terceira pessoa (Você não pode perder!), ou o nome da pessoa (Marco, volte aqui, agora!), além dos vocativos e imperativo (Compre! Faça! Venha!). É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Exemplos:

  • Você já tomou banho?
  • Mãe, me ajuda!
  • Não perca a chance de ir ao cinema pagando bem menos!

4. Função Poética: o objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. Põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, se preocupa em como dizer e não com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico, na publicidade e em letras de músicas.

Exemplos: 
  • "(...) a lua era um desparrame de prata." (Jorge Amado)
  • Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. (Texto publicitário)
  • Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo, nada que veja vale o que eu não vejo. (Daniel Borges)
  • negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.



5. Função Fática: Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

Exemplo:



6. Função Metalinguística:  ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. 

Exemplo 1:
“Pegue um jornal 
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.

Exemplo 2: 

Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)



Fontes:
 http://zip.net/bynw4P
http://zip.net/bqnw4V

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